domingo, 4 de novembro de 2018

Declaração


Declaração 

“Não há nada mais parecido a um fascista do que um burguês assustado.”
            - Bertold Brecht

A todos que ousam lutar pela liberdade

Irmãos: 

Essa declaração surge da necessidade de alimentar a luta por liberdade, por justiça e por igualdade a todos os povos e mais diretamente ao povo brasileiro que passa por um momento critico com ameaças de ascensão de um regime autoritário e fundamentalista, e de diminuição de liberdades e de direitos, o momento agora é de intensificar a luta, a organização e tomar o futuro em nossas mãos. 
Para muitos setores da sociedade o processo eleitoral traz a esperança de que é possível melhorar a qualidade de vida da população marginalizada e que podemos alcançar a justiça e a igualdade através do voto. Nós anarquistas já sabemos que a liberdade e a justiça não se concede, se conquista. Já sabemos e reiteramos  o Estado não nos trará melhoras, pois ele é o causador das nossas dificuldades, da violência e da nossa desigualdade. 
A ultima eleição foi sustentada por falsas noticias falsas promessas, ameaças de ainda maior redução de direitos dos trabalhadores, ameaças essas vindo da direita e da esquerda, com crise a financeira recaindo sobre o lombo do trabalhador e com inúmeros casos de violência física e psicológica a quem ousa pensar diferente. De um lado do espectro político-partidário um projeto de governo de esquerda, arruinado por corrupção, desestruturação, aparelhamento sindical, tentativas de conciliação de classes, apoiado por uma parte da burguesia empresarial, com uma forte repressão aos movimentos de massa independentes e a desmobilização dos movimentos aparelhados ao partido. Do outro espectro um candidato de extrema-direita não menos corrupto, apoiado por fundamentalistas religiosos, pela maior parte dos grandes empresários, financistas, banqueiros, latifundiários e indústria armamentista, com um projeto de governo neoliberal, que defende abertamente a redução de direitos dos trabalhadores, enquanto diminui os tributos dos super-ricos, projetos de militarização das escolas, ataques diretos a minorias, gays, comunistas, PTistas, esquerdistas, provocando uma onda de violência que já acabou na morte de algumas pessoas contrárias ao candidato. 
Essa é a situação em que nos encontramos em meio a uma eleição, escolher qual veneno vamos tomar, se de uma esquerda anti-povo  justificando métodos neoliberais somados a pequenos investimentos estatais contra a crise, ato esse já saturado e que se tornou inviável nos últimos anos. Ou uma direita neofascista, que defende o armamento e o assassinato como método para resolver o problema da violência, o regime neoliberal que vê na retirada dos direitos dos trabalhadores e na intensificação da desigualdade social como forma de reverter a crise provocada pelos mesmos. 
Nisso vemos uma falsa polarização entre apoiadores do neofascismo Bolsonariano e de um projeto petista de governo já há muito desgastado. Contudo, a realidade demonstra outra situação bem diferente, sem cair no falso argumento de anti-Bolsonaro ou anti-PT vemos que o número de pessoas indispostas e cansadas da política eleitoreira e partidária aumentou significativamente, basta ver a quantidade de votos nulos/brancos e abstenções.  A explicação é a desconfiança tanto com o Estado quanto pelo processo eleitoral viciados, imorais, sustentados na corrupção, na chantagem, na intimidação, no roubo e na falsificação. Necessitamos agora levantar a nossa bandeira da autonomia, da autogestão, da organização horizontal, somarmos forças pra esmagar o neofascismo descarado e desumano através da ação direta, NA RUA, que é onde as mudanças acontecem.
E é negando insistentemente que o Neofascismo não pode ser derrotado nas urnas, que o Estado não garante a justiça, pois ele é por si injusto, e que a LIBERDADE não pode ser dada, mas apenas CONQUISTADA, baseados nisso DECLARAMOS:
1.       Convocação de todos anarquistas, a fim de, trabalharmos juntos em uma única organização.
2.       Formação de grupo de resistência e autodefesa de mulheres, pretos, periféricos, lgbts.  
3.       Convocação de assembleia para ATO ANTIFASCISTA.
4.       Colocação do anarquismo como um agente de destruição do fascismo religioso brasileiro.
5.       Ação direta contra os palácios governado pelo fascismo.







Anarquismo não é nem de esquerda nem de direita, anarquismo é de luta.

A revolucionária está de volta. Anna Campbell a revolucionária do anarquismo curdo.

  Campbell nasceu em Lewes,  East Sussex ,  Inglaterra , filha do músico de rock progressivo Dirk Campbell. Ela foi educada na escola secund...