sexta-feira, 15 de julho de 2016

Cultura do Estupro: Democracia e Limites








Cultura do Estupro: Democracia e Limites



Semana passada um caso tomou conta da imprensa e das redes sociais, um caso de grande indignação. Uma adolescente de 16 anos, dopada, filmada e sendo atacada por, segundo contas dela, 33 homens que não contentes pelo ato, filmaram e divulgaram de forma ofensiva não se importando com as consequências dos seus atos. Sobre a democracia, mesmo com um caso tão repugnante e doloroso o qual mencionado e divulgado, percebe-se uma evolução e uma grande consciência dos direitos e desejos de emancipação da mulher na sociedade. Vivemos, talvez, em uma época que a discussão se faz presente e importante. Se fosse a alguns anos atrás, a punição seria pedida e comemoraríamos a ida de mais um infrator preso(caso do maníaco do parque). Entretanto uma educação coerente e crítica a uma cultura do estupro se faz presente. Presente pois, não é um caso isolado e tem uma reprodução de aceitação social e cultural com um enorme reforço da mídia, que aproveita e condena o excesso. Mas disponibiliza, pelo seu entretenimento, a venda da mulher como objeto. Prosseguindo na democracia, o que afinal deve ser feito? Naturalmente, é claro, que a educação e uma maior consciência da importância da emancipação da mulher na sociedade se fazem necessários, porém é preciso haver confronto com a fala machista, os olhares, assobios e comentários, coibir o preconceito e os mal dizeres é uma medida essencial nesse primeiro embate ao meu ver juntamente com a educação para que todos entendam que sem a liberdade da mulher não haverá, futuramente, uma sociedade libertária. Sobre os limites percebemos que o caso pode ser esquecido como vários que tiveram grande repercussão ou indignação, causando frustração e uma sensação de vazio na liberdade feminina.
Isso diz muito sobre os limites que impomos na discussão de algo cultural e nocivo, algo que impede uma luta maior contra a injustiça que ocorre com a mulher, principalmente as mais jovens que são tratadas com nomes pejorativos e um desejo alimentado por termos como "novinha" e até em músicas de cunho apelativo e sexual. A educação e uma consciência por parte de todos forçando uma reformulação do pensamento e dos gostos é necessária. Reiterar a luta é incentivar o boicote e criticar sistematicamente o papel desses formadores de opinião para o limite do empoderamento feminino, caso do comediante Danilo Gentil com um comentário em 2012 sobre o estupro no seu twitter, não se importando com o papel da mulher ou sua figura de formador de pensamento, discutível, mas notório nas redes sociais e em seu programa que conta com boa audiência.
"Levantamento do IPEA, feito com base em dados de 2011, mostrou que 70% das vítimas de estupro no Brasil são crianças e adolescentes; cerca de 15% dos estupros registrados no sistema do Ministério da Saúde envolveram dois ou mais agressores; 70% dos estupros são cometidos por parentes, namorados ou amigos/conhecidos da vítima." ¹Pelo fim do machismo e da cultura do estupro!
No mais, o GEA repudia qualquer forma e tentou, por meio deste texto didático-expositivo, expor o que é democracia e quais são os seus limites dentro de uma sociedade cada vez mais consciente do seu papel revolucionário de luta. O machismo terá fim quando os homens ajudarem na igualdade da mulher e quando a mulher for igual, o capitalismo estará contando seus dias.
 Anarquismo é luta por igualdade, sempre!

Viva a Luta da Mulher !!!

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